Depois da Greve de 24 horas no passado dia 24 de abril, com uma adesão de 94%, os trabalhadores-electricistas da CML concentraram-se novamente na Praça do Município a 8 de maio, propositando no final deste dia intervir na Reunião Pública da Câmara. A intervenção, proferida pelo Presidente do STML, pode ser lida na íntegra aqui.

Registar a posição unânime de todos os Vereadores, com e sem pelouro atribuído, em concordarem com a justeza da atribuição do SIP a este grupo de trabalhadores. Da parte do Presidente da CML, o compromisso em avançar com uma proposta numa futura Reunião de Câmara que regularize esta matéria e que deverá ter o consenso de todas as forças políticas com assento neste órgão.

Relembramos que a CML assumiu a 3 de maio (na reunião entre o STML e o Vice-Presidente da CML) em dar uma resposta definitiva sobre a reivindicação dos trabalhadores durante este mês de maio. 

Aguardaremos com serenidade, sabendo que ninguém baixará os braços enquanto não se obtiverem as respostas que de facto defendam os direitos e as expectativas dos trabalhadores-electricistas do município de Lisboa.

Neste sentido, a luta estará sempre no horizonte imediato!

Pré-concentração às 14h30 na Praça da Figueira com deslocação para o Ministério das Finanças

Perante os inúmeros problemas que afetam os trabalhadores da administração pública e do setor empresarial público local, desde logo com a diminuição do seu poder de compra face a aumentos salariais sempre abaixo da taxa de inflação, realidade à qual acresce negativamente o aumento descontrolado dos preços de bens e serviços essenciais, a Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (FCSAP), que o STML integra, convocou para dia 17 de maio uma concentração nacional junto ao Ministério das Finanças.

Neste dia de luta, serão sublinhadas as reivindicações às quais urge dar resposta pelo novo Governo. Na Proposta Reivindicativa Comum (PRC) para 2024, já entregue ao atual Governo da AD (PSD/CDS-PP), a Frente Comum apresenta soluções, exigindo-se neste momento o início do processo negocial (com base na PRC/2024), que não pode esperar mais! Das reivindicações pelas quais lutamos, destacam-se:

• O aumento intercalar dos salários – 15% com mínimo de 150€!
• A definição no imediato do Salário Mínimo nos 920€, atingindo os 1.000€ durante este ano!
• A regularização e integração de todos os trabalhadores com vínculo precário;
• A valorização de todas as carreiras;
• A revogação do SIADAP;
• A identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido;
• O alargamento e a atualização dos seus montantes do suplemento de insalubridade e penosidade;
• A atualização do subsídio de almoço;
• Fixar em 1,5% sobre 12 meses a quotização para a ADSE;
• A defesa e reforço dos Serviços Públicos.

A 2 de maio os trabalhadores da limpeza e higiene urbana da Freguesia de Belém concentraram-se à porta da sede da Junta com o objectivo de entregar ao Presidente do Executivo um abaixo-assinado exigindo respostas a um conjunto de reivindicações. O referido abaixo-assinado, subscrito pela maioria dos cantoneiros, pode ser lido na íntegra aqui.

O STML foi recebido pelo Presidente Fernando Rosa que afirmou disponibilidade para avaliar os problemas enumerados, comprometendo-se o STML no fim da reunião a reenviar nos próximos dias a proposta de ACEP que, em relação a alguns pontos expressos no abaixo-assinado, os enquadra, não só no presente, mas principalmente para o futuro, institucionalizando e garantindo por esta via importantes direitos para os trabalhadores desta Freguesia. 

15h00 no Martim Moniz

No ano em que comemoramos os 50 Anos da Revolução de Abril, o percurso histórico do 1º de Maio no nosso país, em especial na cidade de Lisboa, assume também uma importância maior, ou não fosse neste dia que, em 1974, se assistiu à mobilização de milhares e milhares de trabalhadores que se revelaram uma força imparável para a consolidação definitiva da Revolução iniciada uma semana antes, ou seja, na madrugada do 25 de Abril.

Neste ano de 2024, muitas são as razões que devem motivar os trabalhadores a mobilizarem-se, também em força, no seu dia: o Dia Internacional do Trabalhador!

A luta por melhores salários, mais direitos e por uma vida e um futuro dignos, indissociável do respeito pelos Direitos, Liberdades e Garantias Constitucionais e pelas Funções Sociais do Estado – Saúde / Educação / Habitação / Segurança e Proteção Social / Cultura – também consagradas na Constituição da República Portuguesa, tem uma atualidade e uma pertinência avassaladoras.

No novo quadro político criado depois das eleições legislativas de 10 de março, assomam-se projetos de natureza antidemocráticos, além de vontades e intenções políticas em diminuir os direitos de quem trabalha, principalmente de todos aqueles que corporizam os serviços públicos, diretos ou indiretos do Estado. Quem se esqueceu do período da troica [2011-2015] e principalmente as consequências na vida dos trabalhadores resultantes das opções políticas do PSD/CDS?